O Rei que processou o próprio coração: a bizarra disputa legal envolvendo Ricardo Coração de Leão

O Rei que processou o próprio coração: a bizarra disputa legal envolvendo Ricardo Coração de Leão

Pode parecer história de filme, mas foi real: o coração do rei Ricardo I da Inglaterra, também conhecido como Ricardo Coração de Leão, se tornou o centro de uma disputa legal séculos após sua morte. Sim, o órgão embalsamado do monarca foi motivo de briga jurídica – uma situação tão inusitada quanto fascinante.

Uma relíquia medieval e uma batalha moderna

Ricardo Coração de Leão foi um dos reis mais icônicos da Inglaterra medieval, conhecido por sua bravura durante as Cruzadas. Após sua morte, em 1199, seus restos mortais foram separados: o corpo ficou em Fontevraud, o cérebro em Poitiers e o coração, curiosamente, foi embalsamado e enterrado em Rouen, na Normandia – um gesto simbólico de amor à região.

O coração foi considerado uma relíquia quase sagrada, mas desapareceu com o tempo, até ser redescoberto no século 19 durante uma escavação. Desde então, passou a ser guardado por instituições francesas… e é aí que entra a disputa. Em tempos recentes, houve tentativas formais de repatriar o coração para a Inglaterra – ou ao menos questionar juridicamente a posse e o destino da relíquia. A ideia de “processar o coração” do rei virou piada entre juristas e historiadores, mas gerou debates sérios sobre patrimônio cultural, nacionalismo e direitos históricos.

O caso é, ao mesmo tempo, uma anedota surreal e um lembrete de como figuras do passado continuam a influenciar disputas políticas e simbólicas no presente.

Confira abaixo um vídeo explicando como o coração de um rei virou alvo de uma disputa internacional digna de novela histórica:

Rolar para cima