
Em 1976, em plena onda de contracultura e otimismo ecológico nos Estados Unidos, um grupo de moradores em Dome, no Arizona, decidiu tentar algo radical: construir uma cidade sob uma bolha. Sim, literalmente. A proposta era criar uma comunidade futurista, sustentável e isolada do mundo exterior — uma utopia ecológica coberta por uma estrutura geodésica que controlaria o clima, o ar e até o modo de vida das pessoas.
Um experimento utópico que desabou
Inspirado por ideias como as de Buckminster Fuller, o projeto tinha uma premissa ousada: testar se uma cidade poderia funcionar totalmente isolada, livre de poluição e com um ecossistema próprio. A bolha prometia reduzir os custos de energia, proteger contra intempéries e até gerar uma nova forma de convivência social mais “harmônica”.
A realidade, porém, foi bem menos poética. A estrutura enfrentou desafios técnicos, como infiltrações, calor extremo e problemas com ventilação. O idealismo dos moradores logo esbarrou na rotina difícil e no isolamento prático. Com o tempo, os custos aumentaram, os recursos escassearam e o entusiasmo desapareceu. Em poucos anos, o projeto foi abandonado, e a bolha literalmente colapsou.
Ainda hoje, Dome é lembrada como uma curiosidade arquitetônica e social — um lembrete das fronteiras entre sonho e viabilidade. Ruínas da estrutura chegaram a ser visitadas por exploradores urbanos antes de serem demolidas ou tomadas pela natureza.
Confira abaixo um vídeo explicando essa tentativa bizarra de criar uma cidade do futuro sob uma bolha e os motivos que levaram tudo por água abaixo: