O tempo em que o ketchup foi vendido como remédio: a curiosa história por trás do famoso molho

O tempo em que o ketchup foi vendido como remédio: a curiosa história por trás do famoso molho

Pode parecer absurdo hoje, mas houve um tempo em que o ketchup foi vendido como remédio, anunciado como um poderoso tônico para problemas digestivos. No século XIX, ele não era o condimento adocicado que conhecemos, mas sim uma mistura medicinal com supostas propriedades terapêuticas.

A invenção desse ketchup “curativo” é atribuída a um médico chamado John Cook Bennett, que em 1834 começou a promover uma versão do molho à base de tomates como tratamento para diarreia, indigestão e até icterícia. Ele chegou a publicar artigos médicos e afirmar que o tomate tinha qualidades medicinais superiores, o que impulsionou a venda de pílulas de ketchup nas farmácias.

De fármaco a fast-food

O produto ganhou fama rapidamente e muitos começaram a fabricar suas próprias pílulas à base de ketchup. Só anos depois, quando o ketchup começou a ser modificado com vinagre, açúcar e conservantes para dar mais sabor, ele perdeu o apelo medicinal e se tornou um condimento popular nos Estados Unidos — especialmente com a ascensão do fast-food.

O ketchup medicinal é um exemplo clássico de como o marketing e a falta de regulação farmacêutica moldaram hábitos de consumo. Na prática, ele não curava nada, mas a fama dos tomates e a confiança no produto o transformaram em sucesso por décadas.

Confira abaixo um vídeo explicando essa fase curiosa da história da medicina e da alimentação, com imagens de anúncios da época e o impacto cultural da transformação do ketchup:

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